8 de setembro de 2013
A flexibilidade do comportamento e necessidade de evolução jurídica
É impressionante como as coisas convergem dentro da alma humana. Hoje, para todo o lado vejo teses, dissertações e monografias, entre outros trabalhos científicos, de cunho acadêmico ou não, tratando do tema da mudança do comportamento social humano influenciado pelos ambientes digitais. Sou estudante de Direito e logo no começo de meu curso (hoje estou a 50%), já tinha a ideia de centrar o foco de minha TCC no fenômeno das redes sociais, em uma visão específica da Antropologia Jurídica. Pensava isso, sem saber direito do que estava acontecendo à minha volta. Acompanhei a trajetória do Ministro Gilberto Gil e o assisti em uma pronunciação no FISL de 2004, se não me engano. Na época trabalha com uma empresa de desenvolvimento de sistemas online e tudo isso me motivou a escrever e estudar sobre o tema à que chamei de Ciberantropologia, ou o estudo antropológico das comunidades virtuais, porque, diferentes no comportamento no ambiente "fisico", estas pessoas assumem personalidades diferentes e são, de fato, diferentes, entre outras particularidades. Logo, pode-se concluir que precisamos de sistemas jurídicos que sejam mais consonantes com o modo de vida dessas pessoas, que está caminhando para ser a maioria da população do planeta. Para tanto, o filósofo e professor finlandês Pekka Himanen, quando escreveu sobre a cultura hacker, estava já antevendo, no início da década 2000, todo este cenário. É necessário e urgente um estudo sério e profundo, feito por muitos, sobre que tipo de leis devem julgar casos como o do Weekleak ou do The Pirate Bay, por exemplo e definir, aos moldes da realidade de hoje, quem realmente é criminoso.
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